Há alguns dias foi amplamente noticiada nos meios de comunicação a campanha "Cala a boca, Galvão!". Eu ignoro os detalhes quanto ao seu surgimento, sabendo vagamente de ela ter sido gestada em determinadas redes de relacionamento virtual. Tomei ciência disso pelo programa Central da Copa, exibido pela TV Globo. Há poucas horas, no programa CQC, da TV Bandeirantes, Galvão Bueno foi entrevistado em função de tal ocorrido. O apresentador disse ter levado a campanha como uma brincadeira e que o criador da "Cala a boca, Galvão!" escreveu, em um jornal, ser seu fã. Todavia, penso que essa manifestação não foi fruto de qualquer admiração; mesmo que se tome por verdadeiro que quem pensou nesse slogan agiu animado por tão nobre sentimento, a ampla adesão e veiculação da frase revela algo bem diverso: o real desejo de que Galvão Bueno cale a boca.
Quanto a mim, subscrevo-a e se pudesse, cá gritaria a plenos pulmões: cala a boca, Galvão! Não o faço por não gostar do apresentador, nem este é um ataque, propriamente, a sua pessoa. Para mim, ele é a personificação do "a-criticismo"; alguém que não se preocupa em fazer um comentário inteligente, alguém que promove certas pessoas, esportistas na maior parte, a despeito e a revelia de qualquer justificação sólida. Um adulador. E penso que muita gente concordaria comigo, v.g., esta. Lamentamos, no entanto, que Galvão não seja uma ave em extinção...
Vinícius Portella
Porto Alegre,
29 0304 jun 2010.
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