sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

18) Cuba: melhor educação da América Latina?


O texto abaixo corresponde a uma das mensagens divulgados por determinada pessoa no grupo de discussão (Yahoo!) do Coletivo de Estudantes de Ciências Sociais (CECS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).  Apesar do malogro econômico de Cuba, o castrismo ainda cativa alguns círculos. Estes costumam ser pouco críticos com os resultados alcançados pela ilha, ressaltando, de sobremodo, suas "vitórias", seus bons índices. Maiores considerações a respeito de Cuba e de sua educação, deixo a posteriori

Vinícius Portella,

Porto Alegre,
19 1040 fev 2010
para quem acha que conhece Cuba pela Globo...

EDUCAÇÃO DE CUBA É A MELHOR DA AMÉRICA LATINA

Escrito por Opera Mundi
  
09/02/2010

Cuba é o país da América Latina que melhor cumpre as metas sobre acesso e qualidade de ensino estabelecidas pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Numa lista de 128 países, a ilha está em 14º lugar, à frente de países ricos, como Espanha (17º), Suíça (20º) e Bélgica (23º). Os três primeiros da lista são Noruega, Japão e Alemanha, respectivamente. O Brasil está em 88º. Estados Unidos e Canadá não foram listados.
“Estudantes do ensino básico em Cuba tiveram um desempenho extremamente bom”, diz o relatório, apresentado em janeiro. No país, constatou-se que mais de 85% dos alunos têm habilidade de leitura considerada além do básico. E mais de 40% alcançaram o nível mais alto.

Um anexo do documento mostra que a situação na América Latina é desigual. Por um lado, Cuba, a Argentina (38ª posição no ranking geral) e o Uruguai (39ª) obtiveram os melhores resultados da região e estão perto de alcançar o grau de "educação para todos" - ou seja, em que 100% dos alunos concluem o ensino básico. O México (55ª), Trinidad e Tobago (57ª) e a Venezuela (59ª) também estão próximos deste objetivo. No extremo oposto, estão República Dominicana (97ª), Guatemala (98ª) e Nicarágua (101ª).

A posição do Brasil é considerada intermediária pela Unesco. Os problemas brasileiros estão relacionados principalmente à alta taxa de repetência e ao baixo índice de conclusão da educação básica.

Segundo relatório de 2007 do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), do MEC, 4,8% dos alunos brasileiros abandonam o ensino fundamental (1º ao 9º ano). Quando se trata do ensino médio, a taxa de evasão sobe para 13,2%. Ajudar os pais em casa ou no trabalho, necessidade de trabalhar, falta de interesse e proibição dos pais de ir à escola são os motivos mais frequentemente alegados pelos pais a partir dos anos finais do ensino fundamental e pelos próprios alunos no ensino médio.

Por outro lado, o Brasil tem um bom desempenho no relatório da Unesco no que se refere à alfabetização, ao acesso ao ensino fundamental e à igualdade de gênero. Algumas iniciativas do governo federal foram elogiadas, como o programa Fome Zero, o Brasil Alfabetizado e, especialmente, o Bolsa Família.

Crise mundial

Segundo o documento, a crise financeira mundial vai afetar os esforços para o acesso à educação em diversos países. O relatório estima que será preciso suprir um déficit de 16 bilhões de dólares anuais para que seja possível atingir a universalizaçã o do ensino fundamental no mundo até 2015.

“A principal mensagem é a de que a educação está em risco, e que toda uma geração será perdida porque a interrupção dos recursos financeiros que são necessários para a educação está aumentando – especialmente com a crise”, declarou a diretora da Unesco, Irina Bokova, durante o lançamento do relatório, em Nova York.

Além das consequências da crise mundial na educação, o relatório traz o ranking dos países em relação ao cumprimento das cinco metas estabelecidas no Fórum Mundial de Educação em 2000, na capital do Senegal, Dacar. No encontro, representantes de mais de 150 países reafirmaram o compromisso de alcançar as metas da educação para todos no ano de 2015.
Os cinco objetivos da Unesco são, pela ordem de prioridade: aumentar os cuidados e educação para a infância; proporcionar educação primária gratuita; estimular ensinamentos e habilidades para jovens e adultos; aumentar em 50% a alfabetização adulta; atingir a igualdade entre os gêneros em 2015 e melhorar a qualidade da educação.

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"Uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas." - Paulo Freire

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