quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

17) Um Enigma Chamado Brasil

Este livro já está há um certo tempo em minha lista a comprar. Tomei conhecimento dele num post do Diplomatizzando, cujo texto reproduzo abaixo.

Vinícius Portella

Porto Alegre,
18 2042 fev 2010

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Estou lendo agora este livro: Um Enigma Chamado Brasil: 29 Intérpretes e um País, organizado por Lilia Moritz Schwarcz e André Botelho (São Paulo: Companhia das Letras, 2009).


Segundo informação da editora, nessa coletânea de artigos, intérpretes do Brasil são analisados à luz de suas ideias e sob o ponto de vista de pesquisadores contemporâneos. Alguns nomes como Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Hollanda unem-se a outros, com trabalhos sobre o Brasil, como Oliveira Vianna, Manoel Bomfim e Octavio Ianni. A obra pretende estabelecer um diálogo entre esses pensadores e suas obras, e mostra como suas ideias foram recebidas em determinados contextos.

O resultado é uma compilação que percorre o pensamento social em diferentes gerações - desde aqueles que se debruçaram sobre a construção do Estado durante o Império até os ensaístas da década de 1930, passando pelos teóricos do racismo científico, seus críticos na Primeira República, os modernistas nos anos 1920 e a geração dos cientistas sociais e seus primeiros discípulos. Ao reunir esses autores, a obra propõe contribuir para o debate e introduzir aos estudantes e entusiastas do tema, ideias consideradas fundamentais para o entendimento da sociedade brasileira. Ao final de cada verbete há indicações de leitura e, ao final do livro, uma biografia dessas personalidades.

Nem todos são brasileiros, pois existem brasilianistas como Roger Bastide e Richard Morse. Nem todos são falecidos, pois do volume constam intelectuais ainda atuantes como Fernando Henrique Cardoso e Roberto Schwarz, bem como Antonio Candido, Gilda de Mello e Souza e Maria Isaura Pereira de Queiroz. Um capítulo é "coletivo", como a contribuição de José Murilo de Carvalho, sobre o radicalismo político no Segundo Reinado, cobrindo as obras do Marquês do Paraná, de Teófilo Otoni e de José Inácio Silveira da Mota.

É o tipo de leitura que eu gosto: história e sociologia das ideias, ou seja, uma trajetória do pensamento, ou história intelectual. Farei anotações em função de um ensaio meu que poderia ser chamado de "memórias intelectuais".

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