O acaso me levou a este sítio literalmente. Procurava uma imagem da gravura de Goya - reproduzida na postagem 29 - em que a legenda fosse mais facilmente lida e, então, dei no Observatório: una obra de arte diaria. Muito interessante, traz pinturas, esculturas e demais obras de arte, explicando seus detalhes. Não chega a ter a riqueza do Essential Vermeer, mas vale a pena conferi-lo certamente!
Vinícius Portella
Porto Alegre,
28 2243 fev 2010
domingo, 28 de fevereiro de 2010
30) Definições de Turov.
“Ignorância é não saber de algo; estupidez é não admitir sua ignorância.”
(Daniel Turov)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
28) UFRJ cria curso de graduação voltado a estratégias de Defesa.
Texto tal como recebido, copiado e colado neste espaço por mim. Lembro-me de uma frase que diz - não me recordo com exatidão - que defesa é um assunto muito sério para ser deixado apenas em mãos de generais. Não quero dizer que tal assunto deva ser debatido em assembleia por pessoas sem o menor preparo para lidar com tais assuntos, mas que os civis também devam estar técnica e teoricamente preparados para tratar dessa matéria. Sob esse ponto de vista, é muito boa a iniciativa da UFRJ. No entanto, deve-se esperar mais dados qualitativos a respeito do programa para então se fazer um juízo mais acertado disso.
Vinícius Portella
Porto Alegre,
23 2308 fev 2010.
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03/10/2009 às 19:41
UFRJ cria curso de graduação voltado a estratégias de Defesa
Agência Estado
Em meio ao debate sobre a expansão de gastos militares do Brasil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lança a primeira graduação em Estudos Estratégicos do País, destinada a formar especialistas civis em Defesa.
Criado em votação polêmica no Conselho Universitário da instituição, por 21 votos a 10 (e 4 abstenções), o curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional abordará o assunto em perspectiva mais ampla que a militar, diz o diretor do Núcleo de Estudos Internacionais (NEI), Ronaldo Fiani.
"Ao contrário do que se supõe, a Defesa não se resume às questões militares”, diz. “A Defesa do País significa considerar a da sociedade - e não a do Estado - diante das ameaças que a afetam coletivamente. Essas ameaças envolvem, por exemplo, obstáculos ao desenvolvimento, degradação do meio ambiente ou problemas de saúde coletiva”.
No vestibular de 2010, primeiro no qual a UFRJ oferece o curso, haverá 120 vagas - 60 no primeiro semestre e 60 no segundo. Serão oito períodos letivos. Até o quinto período, todos terão aulas de um núcleo comum. A partir do sexto, o aluno escolherá uma das três ênfases da graduação: Estratégias Nacionais e Regionais de Segurança pelo Desenvolvimento, Defesa e Assuntos Estratégicos, ou Saúde e Questões Ambientais Globais.
Entre as disciplinas estarão Interpretações do Brasil, Teoria dos Jogos, Comércio Internacional de Armas, Bioética em Saúde, Poluição Ambiental e Repercussões Internacionais, Toxicologia e Defesa Nacional, Trajetória Contemporânea do Sistema Interestatal Capitalista e Estudo da Defesa.
"Vamos formar gestores e pesquisadores para formular a estratégia nacional de Defesa, entendida nesse sentido mais amplo de defesa da sociedade”, diz. Interdisciplinar, o novo curso terá aulas no câmpus da Ilha do Fundão, das 16 às 20 horas. CONTROVÉRSIA - O nascimento do novo curso foi conturbado. Na sessão do Conselho Universitário de 13 de agosto, que discutiu a proposta, dois conselheiros leram pareceres opostos à criação. Contrária, a conselheira Lilia Pougy considerou a proposição “extemporânea”, com problemas formais e com proposta pedagógica inconclusa.
"É incontestável a duplicação da mesma ideia - a proposta de criação do bacharelado e o curso de Relações Internacionais - nas palavras do próprio proponente”, afirmou a professora, segundo ata da reunião. “A área de Relações Internacionais na UFRJ precisa ser fortalecida e não pulverizada”. O parecer favorável foi do conselheiro Alcino Câmara Neto.
"Infelizmente, há suscetibilidade quando o assunto é Defesa, em função da memória do regime militar”, reconhece Fiani. “Temia-se que o curso fosse uma reedição da Doutrina de Segurança Nacional e alguns acreditavam que Defesa fosse uma questão estritamente de militares, que não caberia à sociedade discutir.” Para Fiani, essa visão é equivocada. “Basta consultar o projeto de graduação do curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional para ver que não se trata de Relações Internacionais e muito menos de retornar à Doutrina de Segurança Nacional”.
Criado em votação polêmica no Conselho Universitário da instituição, por 21 votos a 10 (e 4 abstenções), o curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional abordará o assunto em perspectiva mais ampla que a militar, diz o diretor do Núcleo de Estudos Internacionais (NEI), Ronaldo Fiani.
"Ao contrário do que se supõe, a Defesa não se resume às questões militares”, diz. “A Defesa do País significa considerar a da sociedade - e não a do Estado - diante das ameaças que a afetam coletivamente. Essas ameaças envolvem, por exemplo, obstáculos ao desenvolvimento, degradação do meio ambiente ou problemas de saúde coletiva”.
No vestibular de 2010, primeiro no qual a UFRJ oferece o curso, haverá 120 vagas - 60 no primeiro semestre e 60 no segundo. Serão oito períodos letivos. Até o quinto período, todos terão aulas de um núcleo comum. A partir do sexto, o aluno escolherá uma das três ênfases da graduação: Estratégias Nacionais e Regionais de Segurança pelo Desenvolvimento, Defesa e Assuntos Estratégicos, ou Saúde e Questões Ambientais Globais.
Entre as disciplinas estarão Interpretações do Brasil, Teoria dos Jogos, Comércio Internacional de Armas, Bioética em Saúde, Poluição Ambiental e Repercussões Internacionais, Toxicologia e Defesa Nacional, Trajetória Contemporânea do Sistema Interestatal Capitalista e Estudo da Defesa.
"Vamos formar gestores e pesquisadores para formular a estratégia nacional de Defesa, entendida nesse sentido mais amplo de defesa da sociedade”, diz. Interdisciplinar, o novo curso terá aulas no câmpus da Ilha do Fundão, das 16 às 20 horas. CONTROVÉRSIA - O nascimento do novo curso foi conturbado. Na sessão do Conselho Universitário de 13 de agosto, que discutiu a proposta, dois conselheiros leram pareceres opostos à criação. Contrária, a conselheira Lilia Pougy considerou a proposição “extemporânea”, com problemas formais e com proposta pedagógica inconclusa.
"É incontestável a duplicação da mesma ideia - a proposta de criação do bacharelado e o curso de Relações Internacionais - nas palavras do próprio proponente”, afirmou a professora, segundo ata da reunião. “A área de Relações Internacionais na UFRJ precisa ser fortalecida e não pulverizada”. O parecer favorável foi do conselheiro Alcino Câmara Neto.
"Infelizmente, há suscetibilidade quando o assunto é Defesa, em função da memória do regime militar”, reconhece Fiani. “Temia-se que o curso fosse uma reedição da Doutrina de Segurança Nacional e alguns acreditavam que Defesa fosse uma questão estritamente de militares, que não caberia à sociedade discutir.” Para Fiani, essa visão é equivocada. “Basta consultar o projeto de graduação do curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional para ver que não se trata de Relações Internacionais e muito menos de retornar à Doutrina de Segurança Nacional”.
27) Montesquieu...
“Se for bom, será lido; se for ruim, tanto me faz que o leiam ou não.”Montesquieu
Cartas Persas (1721)
26) EUA: entre a diplomacia e o unilateralismo...
O presente texto foi retirado do blog de Paulo Roberto de Almeida, no seguinte endereço: (EUA: entre a diplomacia e o unilateralismo...). Concorde-se ou não com PRA, não há sombra de dúvida quanto à sua excelência e honestidade intelectual. Quanto a mim, tenho uma enorme afinidade quanto a seu pensamento, guardadas algumas ressalvas devidas, creio eu, mais a diferenças relativas a nossos temperamentos, a uma ou outra declaração tomada por mim como demasiado peremptória, do que a concepções incompatíveis. É claro que levo em conta o " muito de feijão que ainda tenho de comer" para poder me comparar a Paulo Roberto, mas sobre isso a passagem por mim selecionada d'O Príncipe diz muito.
Vinícius Portella
Porto Alegre,
22 0129 fev 2010
...............................................
Uma opinião emitida em novembro de 2009, mas não menos importante como reflexão atual.
Lapso de poder
Anne Applebaum
New York Times, 26/11/2009
Como dois cometas correndo um em direção ao outro, vindos de extremidades opostas do espaço, dois fenômenos diferentes em partes diferentes do mundo cresceram na consciência pública na semana passada. Separadamente, eles poderiam não ter tido importância cósmica. Mas juntos podem ser um sinal interessante de coisas que virão.
Na China, o presidente Barack Obama se encontrou com seu homólogo, o presidente Hu Jintao. Ele também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Wen Jibao. O primeiro recebeu mais atenção, mas o segundo foi mais interessante: Wen disse a Obama que "a China discorda da sugestão de um 'Grupo dos Dois'", segundo a agência de notícias chinesa "Xinhua".
"A China ainda é um país em desenvolvimento", disse, e "devemos sempre nos manter sóbrios a esse respeito". A China está deliciada em manter seu relacionamento econômico com os EUA, mas "persegue a política externa independente da paz e não se alinhará com qualquer país ou [bloco de] países".
Tradução: a China não vai cooperar para impor sanções ao Irã, a China não vai atrapalhar o programa de mísseis nucleares da Coreia do Norte e a China não vai ajudar a solucionar os problemas do Afeganistão, do Oriente Médio ou de qualquer outro lugar. Em suma, a China decidiu que não será um parceiro pleno dos EUA em política externa.
Aproximadamente ao mesmo tempo, os líderes da Europa estavam trancados em salas proverbialmente enfumaçadas (hoje sem fumaça), discutindo sobre quem deveria receber o novo cargo de "presidente" da União Europeia e quem deveria se tornar o novo "alto representante", ou ministro das Relações Exteriores, europeu.
Essas conversações representavam o auge de uma década de diplomacia, debates e referendos nacionais destinados a produzir uma política externa europeia mais unida e dar à Europa um único número de telefone que Obama possa chamar quando quiser conversar.
Resultado: o presidente da Europa será o primeiro-ministro belga Herman Van Rompuy, um político desconhecido fora de seu país. O ministro das Relações Exteriores da Europa será a britânica Catherine Ashton, uma burocrata desconhecida até em seu próprio país.
Candidatos de muito maior experiência e influência - incluindo o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair e o ministro das Relações Exteriores sueco Carl Bildt - foram rejeitados, aparentemente por medo de que teriam mais experiência e influência do que os poderes de fato. O semanário "Der Spiegel", da Alemanha, anunciou esta notícia com a manchete "Europa escolhe ninguéns".
Tradução: a Europa pode ter um novo número de telefone, mas quando Obama ligar a pessoa do outro lado da linha ainda não será capaz de agir. A "Europa" não será uma entidade unificada capaz de coordenar uma política unificada no Irã, na Coreia do Norte, Afeganistão, Oriente Médio ou qualquer outro lugar tão cedo. Em suma, a Europa não pode se tornar um parceiro pleno dos EUA em política externa.
E assim ficamos com uma situação curiosa: os EUA não querem mais ser a única superpotência. O presidente norte-americano não quer mais ser o líder de uma única superpotência. Ninguém mais quer que os EUA sejam a única superpotência, e na verdade os EUA não têm mais condições de ser a única superpotência. Mas os EUA não têm um parceiro óbvio com o qual compartilhar o papel de superpotência, e se os EUA deixassem de ser uma superpotência nada e ninguém ocuparia seu lugar.
Isso poderia não ser o fim do mundo - alguns lugares problemáticos poderiam passar um longo período de negligência benigna - e poderia não durar para sempre. A Europa, quando contada como uma entidade única, ainda é a maior economia do mundo. A China, seja o que for, ainda é a economia de mais rápido crescimento no mundo. Mais cedo ou mais tarde, a simples necessidade de defender seus interesses econômicos poderia convencer uma ou ambas a começar a levar mais a sério o mundo exterior.
Isso significa que o governo Obama tem um problema, porém: ele chegou ao cargo prometendo trabalhar com os aliados, mas logo poderá descobrir que não há aliados com quem trabalhar.
A Europa ainda é nossa melhor esperança, porque os europeus compartilham a maior parte de nossos valores. Mas organizar sanções com uma Europa dividida - sem falar em uma operação militar - continuará sendo uma grande tarefa.
Enquanto isso, a China está adquirindo vastos interesses estrangeiros, negociando na África e na América do Sul, assim como na Ásia, e mantendo um vasto exército. Mas a China parece desinteressada em aderir a uma campanha internacional contra o terrorismo, a proliferação nuclear ou qualquer outra coisa.
Os militares e a segurança globais parecem, portanto, destinados a permanecer nas mãos dos EUA, quer eles queiram quer não.
A meio caminho de sua presidência, George W. Bush descobriu que tinha de abandonar o unilateralismo em favor da diplomacia. Hoje nos perguntamos: em algum momento de sua presidência Obama descobrirá que tem de abandonar a diplomacia em favor do unilateralismo?
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Anne Applebaum: Jornalista e colunista do Washington Post, Anne Applebaun ganhou o prêmio Pulitzer pelo livro "Gulag: uma História". Escreve regularmente sobre política norte-americana e assuntos internacionais.
Vinícius Portella
Porto Alegre,
22 0129 fev 2010
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Uma opinião emitida em novembro de 2009, mas não menos importante como reflexão atual.
Lapso de poder
Anne Applebaum
New York Times, 26/11/2009
Como dois cometas correndo um em direção ao outro, vindos de extremidades opostas do espaço, dois fenômenos diferentes em partes diferentes do mundo cresceram na consciência pública na semana passada. Separadamente, eles poderiam não ter tido importância cósmica. Mas juntos podem ser um sinal interessante de coisas que virão.
Na China, o presidente Barack Obama se encontrou com seu homólogo, o presidente Hu Jintao. Ele também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Wen Jibao. O primeiro recebeu mais atenção, mas o segundo foi mais interessante: Wen disse a Obama que "a China discorda da sugestão de um 'Grupo dos Dois'", segundo a agência de notícias chinesa "Xinhua".
"A China ainda é um país em desenvolvimento", disse, e "devemos sempre nos manter sóbrios a esse respeito". A China está deliciada em manter seu relacionamento econômico com os EUA, mas "persegue a política externa independente da paz e não se alinhará com qualquer país ou [bloco de] países".
Tradução: a China não vai cooperar para impor sanções ao Irã, a China não vai atrapalhar o programa de mísseis nucleares da Coreia do Norte e a China não vai ajudar a solucionar os problemas do Afeganistão, do Oriente Médio ou de qualquer outro lugar. Em suma, a China decidiu que não será um parceiro pleno dos EUA em política externa.
Aproximadamente ao mesmo tempo, os líderes da Europa estavam trancados em salas proverbialmente enfumaçadas (hoje sem fumaça), discutindo sobre quem deveria receber o novo cargo de "presidente" da União Europeia e quem deveria se tornar o novo "alto representante", ou ministro das Relações Exteriores, europeu.
Essas conversações representavam o auge de uma década de diplomacia, debates e referendos nacionais destinados a produzir uma política externa europeia mais unida e dar à Europa um único número de telefone que Obama possa chamar quando quiser conversar.
Resultado: o presidente da Europa será o primeiro-ministro belga Herman Van Rompuy, um político desconhecido fora de seu país. O ministro das Relações Exteriores da Europa será a britânica Catherine Ashton, uma burocrata desconhecida até em seu próprio país.
Candidatos de muito maior experiência e influência - incluindo o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair e o ministro das Relações Exteriores sueco Carl Bildt - foram rejeitados, aparentemente por medo de que teriam mais experiência e influência do que os poderes de fato. O semanário "Der Spiegel", da Alemanha, anunciou esta notícia com a manchete "Europa escolhe ninguéns".
Tradução: a Europa pode ter um novo número de telefone, mas quando Obama ligar a pessoa do outro lado da linha ainda não será capaz de agir. A "Europa" não será uma entidade unificada capaz de coordenar uma política unificada no Irã, na Coreia do Norte, Afeganistão, Oriente Médio ou qualquer outro lugar tão cedo. Em suma, a Europa não pode se tornar um parceiro pleno dos EUA em política externa.
E assim ficamos com uma situação curiosa: os EUA não querem mais ser a única superpotência. O presidente norte-americano não quer mais ser o líder de uma única superpotência. Ninguém mais quer que os EUA sejam a única superpotência, e na verdade os EUA não têm mais condições de ser a única superpotência. Mas os EUA não têm um parceiro óbvio com o qual compartilhar o papel de superpotência, e se os EUA deixassem de ser uma superpotência nada e ninguém ocuparia seu lugar.
Isso poderia não ser o fim do mundo - alguns lugares problemáticos poderiam passar um longo período de negligência benigna - e poderia não durar para sempre. A Europa, quando contada como uma entidade única, ainda é a maior economia do mundo. A China, seja o que for, ainda é a economia de mais rápido crescimento no mundo. Mais cedo ou mais tarde, a simples necessidade de defender seus interesses econômicos poderia convencer uma ou ambas a começar a levar mais a sério o mundo exterior.
Isso significa que o governo Obama tem um problema, porém: ele chegou ao cargo prometendo trabalhar com os aliados, mas logo poderá descobrir que não há aliados com quem trabalhar.
A Europa ainda é nossa melhor esperança, porque os europeus compartilham a maior parte de nossos valores. Mas organizar sanções com uma Europa dividida - sem falar em uma operação militar - continuará sendo uma grande tarefa.
Enquanto isso, a China está adquirindo vastos interesses estrangeiros, negociando na África e na América do Sul, assim como na Ásia, e mantendo um vasto exército. Mas a China parece desinteressada em aderir a uma campanha internacional contra o terrorismo, a proliferação nuclear ou qualquer outra coisa.
Os militares e a segurança globais parecem, portanto, destinados a permanecer nas mãos dos EUA, quer eles queiram quer não.
A meio caminho de sua presidência, George W. Bush descobriu que tinha de abandonar o unilateralismo em favor da diplomacia. Hoje nos perguntamos: em algum momento de sua presidência Obama descobrirá que tem de abandonar a diplomacia em favor do unilateralismo?
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Anne Applebaum: Jornalista e colunista do Washington Post, Anne Applebaun ganhou o prêmio Pulitzer pelo livro "Gulag: uma História". Escreve regularmente sobre política norte-americana e assuntos internacionais.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
25) Alice no País dos Aiatolás.
Obviamente, esta postagem não se refere a nenhuma história do admirável escritor e lógico Lewis Carol. E a Alice em questão é Marjane Satrapi, quadrinhista persa autora de Persépolis entre outras histórias em quadrinhos. Num momento em que Mahmoud Ahmadinejad desperta desconfianças muito bem fundamentadas e ainda flerta com Lula, Amorim e Cia, convém que prestemos atenção no testemunho de M. Satrapi.
Aconselho também que visitem seu blog no NY Times e que assistam aos seguintes trailers da animação baseada em sua HQ.
Vinícius Portella
Porto Alegre,
20 1639 fev 2010
24) Oposição Necessária, por Maria Lucia Victor Barbosa
Não sei se minha ignorância é que era muito grande, mas eu nunca ouvira - ou ao menos assim pensava - falar de Maria Lucia Victor Barbosa. Independente de concordar ou não com suas ideias, fiquei admirado por sua escrita. Acredito que tenho muito a aprender com essa professora.
Vinícius Portella
Porto Alegre,
20 0124 fev 2010
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OPOSIÇÃO NECESSÁRIA
Maria Lucia Victor Barbosa
12/02/2010
Nos totalitarismos ou nas ditaduras, naturalmente oposições inexistem, pois são características dos regimes democráticos. Segundo C. J. Friedrich e Z. Brzezinski (Totalitarian Dictatorship and Autocracy) o totalitarismo pode ser definido por seis critérios: “ideologia imposta, partido único, terror exercido por política secreta, monopólio das comunicações, monopólio das armas, centralização da economia”. O totalitarismo se encarrega totalmente do indivíduo e abole as fronteiras entre o político e o social.
Ditadura é considerada geralmente como sinônimo de totalitarismo, pois significa o poder absoluto de um homem ou de um grupo que concentra em si todos os poderes. Entretanto, em que pese a semelhança entre os dois sistemas, ditaduras têm caráter mais político, permitindo um determinado grau de liberdade social, como a religiosa, a artística, etc., desde que essa liberdade não afronte o poder do ditador. Para explicar melhor, Hitler reinava sobre toda a sociedade, Getúlio Vargas sobre o Estado.
A tentação totalitária ou ditatorial sempre existe no exercício da autoridade e isso aparece na análise clássica dos autores liberais como Locke e Montesquieu, sendo que este escreveu no O Espírito das Leis: “Qualquer homem que dispõe de poder é levado a abusar desse poder; irá até onde encontrar limites”.
Justamente nos regimes democráticos é que se encontram esses limites, na medida em que a democracia pressupõe, além da igualdade de oportunidades, a rotatividade de poder através de eleições livres; o multipartidarismo; as liberdades políticas e sociais; a oposição dos grupos de interesse e de pressão; a oposição partidária ao governo que pode compor-se de coalizões; o componente normativo que chamamos de Constituição, lembrando que só através das leis é possível coibir excessos dos governantes e dos cidadãos.
Hoje vemos curiosos sistemas que simulam democracias pelo fato de neles haver eleições. É o caso da Venezuela, onde uma constituição feita por Hugo Chávez à sua imagem e semelhança o torna ditador de fato, apesar de ter sido eleito. Chávez pode-se dizer, instalou no seu país uma democradura.
Quanto a Mahmoud Amadinejad, tornou-se presidente do Irã através de eleições fraudadas e preside uma teocradura, na qual opositores são presos, torturados e mortos. Este perigoso déspota tem contra si quase o mundo inteiro, menos alguns países, entre eles o Brasil que dá todo apoio ao plano do persa de obter a bomba atômica. Só falta Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim dizerem que Ahmadinejad almeja destruir o planeta com fins pacíficos. De todo modo, regimes antidemocráticos acabam acumulando erros e falhas de gestão por não aceitarem ser esclarecidos pela crítica livre e criativa.
No Brasil se pode notar uma nítida tendência ditatorial ou autoritária do governo, bem expressa recentemente no Programa de Direitos Humanos elaborado por ministros de Lula da Silva, e que foi transformada em decreto devidamente assinado pelo presidente. Entre outras coisas, esse esboço de Constituição de Dilma Rousseff, a candidata do Lula da Silva, atenta contra a liberdade de expressão e a propriedade privada.
A tendência ditatorial do governo petista vai se estendendo com facilidade sem oposições partidárias e institucionais. O mínimo esboço de oposição, como foi o caso do artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado no O Estado de São Paulo (07/02/2010) causou comoção nas hostes do PT. No entanto, diferente dos petistas, FHC critica com luvas de pelica, punhos de renda e maneiras diplomáticas, que diferem dos palavrões e ataques virulentos desferidos por Lula da Silva e seus companheiros. O PT sabe fazer oposição stalinista, rancorosa, violenta e não admite ser contestado, enquanto os tucanos, mornos, apáticos, condescendentes foram apoio muito mais fiel a Lula da Silva do que o de seus próprios correligionários.
Entretanto, as estatísticas do IBGE já demonstram que a melhora dos índices sociais e econômicos brasileiros é fruto de um processo de anos, iniciado ainda no governo Itamar Franco com o advento do equilíbrio fiscal e inflacionário. Tudo mudou depois dos ajustes do Plano Real. Quanto ao esboço do Programa “Bolsa Família” deu-se em Campinas em gestão do PSDB e seu desenvolvimento foi capitaneado, tempos depois, pela primeira dama Ruth Cardoso. O PT se apropriou dessa bandeira, inflando de forma brutal o “Bolsa Família”. O mesmo aconteceu em relação ao “Orçamento Participativo”, iniciado em Belo Horizonte pelo governo Pimenta da Veiga, na década de 80, o qual o PT também apresenta como realização sua. Fizeram o mesmo com o equilíbrio fiscal e com o controle monetário, chegando a cooptar o deputado do PSDB, Henrique Meirelles, que figura como o maior sustentáculo da política do governo Lula da Silva, no Banco Central.
Entretanto, durante todo o governo de FHC o PT foi oposição implacável contra todas as políticas que depois imitou e chamou de herança maldita. Mas o PSDB calado e tímido sustentou Lula da Silva não deixando que sofresse o impeachment quando do escândalo do “mensalão”. Tucanos, com honrosas exceções, foram omissos como oposição. E não contamos com nenhuma liderança, nenhum partido, nenhuma instituição, nenhum dos Poderes para se opor às deturpações, à corrupção, ao culto da personalidade de caráter autoritário do governo Lula da Silva. Estamos necessitando urgentemente de oposição, sem ela periga nossa frágil democracia.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com
Vinícius Portella
Porto Alegre,
20 0124 fev 2010
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OPOSIÇÃO NECESSÁRIA
Maria Lucia Victor Barbosa
12/02/2010
Nos totalitarismos ou nas ditaduras, naturalmente oposições inexistem, pois são características dos regimes democráticos. Segundo C. J. Friedrich e Z. Brzezinski (Totalitarian Dictatorship and Autocracy) o totalitarismo pode ser definido por seis critérios: “ideologia imposta, partido único, terror exercido por política secreta, monopólio das comunicações, monopólio das armas, centralização da economia”. O totalitarismo se encarrega totalmente do indivíduo e abole as fronteiras entre o político e o social.
Ditadura é considerada geralmente como sinônimo de totalitarismo, pois significa o poder absoluto de um homem ou de um grupo que concentra em si todos os poderes. Entretanto, em que pese a semelhança entre os dois sistemas, ditaduras têm caráter mais político, permitindo um determinado grau de liberdade social, como a religiosa, a artística, etc., desde que essa liberdade não afronte o poder do ditador. Para explicar melhor, Hitler reinava sobre toda a sociedade, Getúlio Vargas sobre o Estado.
A tentação totalitária ou ditatorial sempre existe no exercício da autoridade e isso aparece na análise clássica dos autores liberais como Locke e Montesquieu, sendo que este escreveu no O Espírito das Leis: “Qualquer homem que dispõe de poder é levado a abusar desse poder; irá até onde encontrar limites”.
Justamente nos regimes democráticos é que se encontram esses limites, na medida em que a democracia pressupõe, além da igualdade de oportunidades, a rotatividade de poder através de eleições livres; o multipartidarismo; as liberdades políticas e sociais; a oposição dos grupos de interesse e de pressão; a oposição partidária ao governo que pode compor-se de coalizões; o componente normativo que chamamos de Constituição, lembrando que só através das leis é possível coibir excessos dos governantes e dos cidadãos.
Hoje vemos curiosos sistemas que simulam democracias pelo fato de neles haver eleições. É o caso da Venezuela, onde uma constituição feita por Hugo Chávez à sua imagem e semelhança o torna ditador de fato, apesar de ter sido eleito. Chávez pode-se dizer, instalou no seu país uma democradura.
Quanto a Mahmoud Amadinejad, tornou-se presidente do Irã através de eleições fraudadas e preside uma teocradura, na qual opositores são presos, torturados e mortos. Este perigoso déspota tem contra si quase o mundo inteiro, menos alguns países, entre eles o Brasil que dá todo apoio ao plano do persa de obter a bomba atômica. Só falta Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim dizerem que Ahmadinejad almeja destruir o planeta com fins pacíficos. De todo modo, regimes antidemocráticos acabam acumulando erros e falhas de gestão por não aceitarem ser esclarecidos pela crítica livre e criativa.
No Brasil se pode notar uma nítida tendência ditatorial ou autoritária do governo, bem expressa recentemente no Programa de Direitos Humanos elaborado por ministros de Lula da Silva, e que foi transformada em decreto devidamente assinado pelo presidente. Entre outras coisas, esse esboço de Constituição de Dilma Rousseff, a candidata do Lula da Silva, atenta contra a liberdade de expressão e a propriedade privada.
A tendência ditatorial do governo petista vai se estendendo com facilidade sem oposições partidárias e institucionais. O mínimo esboço de oposição, como foi o caso do artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado no O Estado de São Paulo (07/02/2010) causou comoção nas hostes do PT. No entanto, diferente dos petistas, FHC critica com luvas de pelica, punhos de renda e maneiras diplomáticas, que diferem dos palavrões e ataques virulentos desferidos por Lula da Silva e seus companheiros. O PT sabe fazer oposição stalinista, rancorosa, violenta e não admite ser contestado, enquanto os tucanos, mornos, apáticos, condescendentes foram apoio muito mais fiel a Lula da Silva do que o de seus próprios correligionários.
Entretanto, as estatísticas do IBGE já demonstram que a melhora dos índices sociais e econômicos brasileiros é fruto de um processo de anos, iniciado ainda no governo Itamar Franco com o advento do equilíbrio fiscal e inflacionário. Tudo mudou depois dos ajustes do Plano Real. Quanto ao esboço do Programa “Bolsa Família” deu-se em Campinas em gestão do PSDB e seu desenvolvimento foi capitaneado, tempos depois, pela primeira dama Ruth Cardoso. O PT se apropriou dessa bandeira, inflando de forma brutal o “Bolsa Família”. O mesmo aconteceu em relação ao “Orçamento Participativo”, iniciado em Belo Horizonte pelo governo Pimenta da Veiga, na década de 80, o qual o PT também apresenta como realização sua. Fizeram o mesmo com o equilíbrio fiscal e com o controle monetário, chegando a cooptar o deputado do PSDB, Henrique Meirelles, que figura como o maior sustentáculo da política do governo Lula da Silva, no Banco Central.
Entretanto, durante todo o governo de FHC o PT foi oposição implacável contra todas as políticas que depois imitou e chamou de herança maldita. Mas o PSDB calado e tímido sustentou Lula da Silva não deixando que sofresse o impeachment quando do escândalo do “mensalão”. Tucanos, com honrosas exceções, foram omissos como oposição. E não contamos com nenhuma liderança, nenhum partido, nenhuma instituição, nenhum dos Poderes para se opor às deturpações, à corrupção, ao culto da personalidade de caráter autoritário do governo Lula da Silva. Estamos necessitando urgentemente de oposição, sem ela periga nossa frágil democracia.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
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Política
22) Manual de Diplomacia Prática, por Paulo Roberto de Almeida
- 11/02/2010 | Manual de diplomacia prática 4: caráter inovador
- 04/02/2010 | Manual de diplomacia prática 3: avaliação dos meios
- 28/01/2010 | Manual de diplomacia prática, 2: interação com a economia
Paulo Roberto de Almeida
21/01/2010
Manual de diplomacia prática, 1: clareza de intenções
Existem diversos elementos do “jogo diplomático” que devem ser considerados em qualquer política externa que se pretenda responsável. O primeiro deles é uma visão clara sobre os objetivos nacionais.
Clareza de intenções
Representa dispor de objetivos expressamente definidos para a diplomacia nacional e, como tal, claramente descritos, não de modo vago e genérico, mas de maneira objetiva, tocando nos pontos relevantes do que se pretende fazer. Todo e qualquer governo precisa ter uma idéia clara de como o país se insere no chamado “cenário internacional”, quais são os limites impostos à ação internacional do país e quais são os seus objetivos de política externa. Conhecer os limites da ação diplomática permite quantificar os meios a serem mobilizados, o que, por sua vez, ajuda no processo de definição de um conjunto de objetivos nacionais estrategicamente viáveis.
Clareza de intenções
Representa dispor de objetivos expressamente definidos para a diplomacia nacional e, como tal, claramente descritos, não de modo vago e genérico, mas de maneira objetiva, tocando nos pontos relevantes do que se pretende fazer. Todo e qualquer governo precisa ter uma idéia clara de como o país se insere no chamado “cenário internacional”, quais são os limites impostos à ação internacional do país e quais são os seus objetivos de política externa. Conhecer os limites da ação diplomática permite quantificar os meios a serem mobilizados, o que, por sua vez, ajuda no processo de definição de um conjunto de objetivos nacionais estrategicamente viáveis.
A política externa costuma ser considerada como a expressão de sua política interna, continuada por outros meios, num sentido figurativamente “clausewitziano”; mas esse tipo de correlação “causal”, quase mecânico em sua formulação, não é necessariamente válido, pois a política externa pode estar claramente dissociada de seus fundamentos internos: um governo democrático pode perfeitamente projetar-se externamente de modo imperialista – como foi o caso, por exemplo, do sistema colonial britânico, o mais extenso territorialmente no decorrer da era moderna –, assim como uma autocracia pode conduzir uma política externa sensata, moderada e respeitadora do direito internacional – como pode ser, teoricamente, o caso da China.
Usualmente, em regimes democráticos, os objetivos diplomáticos de um determinado governo são expressos ao início de um mandato governamental e são, direta ou indiretamente, enunciados no discurso inaugural do mandatário ou em sua mensagem ao parlamento. Trata-se de um equivalente a um “manifesto ao mundo”, no qual os responsáveis pela política externa – o chefe do executivo ou o encarregado da diplomacia – expõem de modo claro o que o país (ou o seu governo) pretende fazer no plano internacional, quais são as suas prioridades no campo das relações exteriores e como eles pretendem alcançar tais objetivos (embora este aspecto, relativo a procedimentos, nem sempre é claramente expresso).
Uma determinada política externa pode ser considerada “ativista” quando o país tenta coordenar esforços políticos, econômicos, sociais e culturais (eventualmente militares, também) para, em coordenação com outros países ou isoladamente, influenciar a composição da agenda internacional e tenta moldar, pelo menos em parte, a tomada de decisões no âmbito global. Uma política mais passiva seria refletida em esforços algo similares para apenas e tão somente preservar o status quo. Nos exemplos conhecidos de “mensagens sobre o estado da União” – como ocorre anualmente no caso dos EUA – figura sempre um capítulo importante tratando das relações exteriores do país em questão e suas prioridades diplomáticas correntes; esse capítulo pode, ou não, refletir uma atitude mais ativista ou relativamente conformista em relação aos problemas mundiais e aos desafios para o próprio pais.
Poucos governos não dispõem de um “manifesto” desse tipo, embora a clareza desses objetivos e sua adequação ao chamado interesse nacional possam variar em situações concretas, dependendo, basicamente, da qualidade cognitiva dos dirigentes, de sua percepção correta quanto ao interesse nacional percebido e, em última instância, da capacidade de fixar metas de política externa que correspondam, em grande medida, aos objetivos tidos como consensuais pela maioria dos cidadãos ou, pelo menos, por parte significativa dos tomadores de decisão. Determinados objetivos da agenda diplomática podem não ser exatamente consensuais, ou podem representar ruptura com tradições ou posições longamente mantidas pela diplomacia profissional, mas sua implementação pode ser alcançada se exposta claramente aos responsáveis pelo processo burocrático e por sua condução no plano externo, desde que guardando alguma correspondência com a capacidade real do país.
Em alguns casos, objetivos particularistas, definidos partidariamente – isto é, por uma parte, tão somente, da opinião pública nacional –, podem obscurecer a noção exata do que sejam os objetivos nacionais e, através deles, metas precisas para a política externa. Pode ocorrer também, embora seja mais raro, que os objetivos de política externa estejam em claro descompasso com as capacitações materiais e políticas do país em questão: alguns líderes de tendências caudilhistas, por exemplo, vivem de bravatas em política externa, sem condições de implementar o que prometem. Neste caso, pode ocorrer uma falta de sincronia entre o ambiente interno e o externo, o que invalida ou restringe a consecução dos objetivos nacionais no plano externo. O mais importante, porém, na construção de confiança, tanto no entorno regional como no plano do sistema internacional, é a transparência que o país consegue demonstrar por meio desses “manifestos” de intenção: ele ganha em credibilidade e reputação quando estabelece claramente objetivos e prioridades de política externa. Como parece óbvio, as ações subseqüentes precisam guardar claramente relação com os objetivos declarados, sob risco de perda de credibilidade ou de prestígio no ambiente externo.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
21) Errática
A Errática é uma revista literária de poesia sobretudo. Uma iniciativa de Eucanaã Ferraz e companhia, vale muito a pena dar uma olhada.
VPP
Porto Alegre,
19 1127 fev 2010
VPP
Porto Alegre,
19 1127 fev 2010
20) Essential Vermeer: simplesmente genial!
Johannes Vermeer foi um dos maiores pintores do século XVII, período apontado como a Idade de Ouro Holandesa. Eu gosto muito de seus quadros, seja pela sua técnica - ao que pese minha admiração de leigo - seja pelas cenas pintadas ou pelas referências a que faz em seus quadros. Dada a importância deste gênio na pintura, foi feito o Essential Vermeer, sítio dedicado a expor em detalhes os aspectos de suas obras e da vida do artista de Delft. Altamente indicado para aqueles interessados em pintura, como também aos interessados em história, na tecnologia da época, entre tantas outras coisas. O Essential Vermeer é simplesmente genial!
Vinícius Portella
Porto Alegre,
19 1120 fev 2010
Vinícius Portella
Porto Alegre,
19 1120 fev 2010
19) Post Scriptum: (Cuba: melhor educação na América Latina?)
Não sei por que motivo não estou conseguindo editar a postagem abaixo. Após a data, a mensagem para "aqueles que conhecem Cuba pela Globo" não é minha, pertencendo à mensagem por mim referida no post anterior.
VPP
Porto Alegre,
19 1106 fev 2010
VPP
Porto Alegre,
19 1106 fev 2010
18) Cuba: melhor educação da América Latina?
O texto abaixo corresponde a uma das mensagens divulgados por determinada pessoa no grupo de discussão (Yahoo!) do Coletivo de Estudantes de Ciências Sociais (CECS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Apesar do malogro econômico de Cuba, o castrismo ainda cativa alguns círculos. Estes costumam ser pouco críticos com os resultados alcançados pela ilha, ressaltando, de sobremodo, suas "vitórias", seus bons índices. Maiores considerações a respeito de Cuba e de sua educação, deixo a posteriori.
Vinícius Portella,
Porto Alegre,
19 1040 fev 2010
para quem acha que conhece Cuba pela Globo...
EDUCAÇÃO DE CUBA É A MELHOR DA AMÉRICA LATINA
Escrito por Opera Mundi | |
09/02/2010 | |
Cuba é o país da América Latina que melhor cumpre as metas sobre acesso e qualidade de ensino estabelecidas pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Numa lista de 128 países, a ilha está em 14º lugar, à frente de países ricos, como Espanha (17º), Suíça (20º) e Bélgica (23º). Os três primeiros da lista são Noruega, Japão e Alemanha, respectivamente. O Brasil está em 88º. Estados Unidos e Canadá não foram listados. “Estudantes do ensino básico em Cuba tiveram um desempenho extremamente bom”, diz o relatório, apresentado em janeiro. No país, constatou-se que mais de 85% dos alunos têm habilidade de leitura considerada além do básico. E mais de 40% alcançaram o nível mais alto. Um anexo do documento mostra que a situação na América Latina é desigual. Por um lado, Cuba, a Argentina (38ª posição no ranking geral) e o Uruguai (39ª) obtiveram os melhores resultados da região e estão perto de alcançar o grau de "educação para todos" - ou seja, em que 100% dos alunos concluem o ensino básico. O México (55ª), Trinidad e Tobago (57ª) e a Venezuela (59ª) também estão próximos deste objetivo. No extremo oposto, estão República Dominicana (97ª), Guatemala (98ª) e Nicarágua (101ª). A posição do Brasil é considerada intermediária pela Unesco. Os problemas brasileiros estão relacionados principalmente à alta taxa de repetência e ao baixo índice de conclusão da educação básica. Segundo relatório de 2007 do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), do MEC, 4,8% dos alunos brasileiros abandonam o ensino fundamental (1º ao 9º ano). Quando se trata do ensino médio, a taxa de evasão sobe para 13,2%. Ajudar os pais em casa ou no trabalho, necessidade de trabalhar, falta de interesse e proibição dos pais de ir à escola são os motivos mais frequentemente alegados pelos pais a partir dos anos finais do ensino fundamental e pelos próprios alunos no ensino médio. Por outro lado, o Brasil tem um bom desempenho no relatório da Unesco no que se refere à alfabetização, ao acesso ao ensino fundamental e à igualdade de gênero. Algumas iniciativas do governo federal foram elogiadas, como o programa Fome Zero, o Brasil Alfabetizado e, especialmente, o Bolsa Família. Crise mundial Segundo o documento, a crise financeira mundial vai afetar os esforços para o acesso à educação em diversos países. O relatório estima que será preciso suprir um déficit de 16 bilhões de dólares anuais para que seja possível atingir a universalizaçã o do ensino fundamental no mundo até 2015. “A principal mensagem é a de que a educação está em risco, e que toda uma geração será perdida porque a interrupção dos recursos financeiros que são necessários para a educação está aumentando – especialmente com a crise”, declarou a diretora da Unesco, Irina Bokova, durante o lançamento do relatório, em Nova York. Além das consequências da crise mundial na educação, o relatório traz o ranking dos países em relação ao cumprimento das cinco metas estabelecidas no Fórum Mundial de Educação em 2000, na capital do Senegal, Dacar. No encontro, representantes de mais de 150 países reafirmaram o compromisso de alcançar as metas da educação para todos no ano de 2015. Os cinco objetivos da Unesco são, pela ordem de prioridade: aumentar os cuidados e educação para a infância; proporcionar educação primária gratuita; estimular ensinamentos e habilidades para jovens e adultos; aumentar em 50% a alfabetização adulta; atingir a igualdade entre os gêneros em 2015 e melhorar a qualidade da educação. |
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"Uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas." - Paulo Freire
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
17) Um Enigma Chamado Brasil
Este livro já está há um certo tempo em minha lista a comprar. Tomei conhecimento dele num post do Diplomatizzando, cujo texto reproduzo abaixo.
Vinícius Portella
Porto Alegre,
18 2042 fev 2010
..............................................................................................
Estou lendo agora este livro: Um Enigma Chamado Brasil: 29 Intérpretes e um País, organizado por Lilia Moritz Schwarcz e André Botelho (São Paulo: Companhia das Letras, 2009).
Segundo informação da editora, nessa coletânea de artigos, intérpretes do Brasil são analisados à luz de suas ideias e sob o ponto de vista de pesquisadores contemporâneos. Alguns nomes como Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Hollanda unem-se a outros, com trabalhos sobre o Brasil, como Oliveira Vianna, Manoel Bomfim e Octavio Ianni. A obra pretende estabelecer um diálogo entre esses pensadores e suas obras, e mostra como suas ideias foram recebidas em determinados contextos.
O resultado é uma compilação que percorre o pensamento social em diferentes gerações - desde aqueles que se debruçaram sobre a construção do Estado durante o Império até os ensaístas da década de 1930, passando pelos teóricos do racismo científico, seus críticos na Primeira República, os modernistas nos anos 1920 e a geração dos cientistas sociais e seus primeiros discípulos. Ao reunir esses autores, a obra propõe contribuir para o debate e introduzir aos estudantes e entusiastas do tema, ideias consideradas fundamentais para o entendimento da sociedade brasileira. Ao final de cada verbete há indicações de leitura e, ao final do livro, uma biografia dessas personalidades.
Nem todos são brasileiros, pois existem brasilianistas como Roger Bastide e Richard Morse. Nem todos são falecidos, pois do volume constam intelectuais ainda atuantes como Fernando Henrique Cardoso e Roberto Schwarz, bem como Antonio Candido, Gilda de Mello e Souza e Maria Isaura Pereira de Queiroz. Um capítulo é "coletivo", como a contribuição de José Murilo de Carvalho, sobre o radicalismo político no Segundo Reinado, cobrindo as obras do Marquês do Paraná, de Teófilo Otoni e de José Inácio Silveira da Mota.
É o tipo de leitura que eu gosto: história e sociologia das ideias, ou seja, uma trajetória do pensamento, ou história intelectual. Farei anotações em função de um ensaio meu que poderia ser chamado de "memórias intelectuais".
16) Para descontrair: Ota
O Ota é um dos grandes cartunistas deste país. Tem sacadas geniais como pode ser conferido no Sáite do Ota; dentre as quais, aconselho às que retratam o reino encantado de Dom Ináfio Lula da Filva I.
Vinícius Portella
Porto Alegre, 18 0319 fev 2010
15) Para descontrair: Adão
Não querendo deixar este blog com um ar demasiado sisudo, abro espaço para as tiras de Adão Iturrusgarai. Não colocarei as imagens aqui porque aí já é demais! Brincadeiras à parte, deixo aqui o endereço referente aos 6 motivos para alguém nunca se casar, segundo o cartunista Adão.
Vinícius Portella,
Porto Alegre, 18 0308 fev 2010
14) Blog do Lampreia
Luiz Felipe Lampreia é um sujeito de admirável inteligência. Não conheço muito de sua produção escrita, mas me sinto seguro de assim o afirmar ante suas escassas palavras já lidas ou escutadas por mim. Atualmente, o embaixador mantém um blog hospedado em O Globo (confira na lista ao lado Alguns blogs e afins), todavia acho que vale a indicação de seu antigo blog.
Vinícius Portella
Porto Alegre, 18 0239 fev 2010
Vinícius Portella
Porto Alegre, 18 0239 fev 2010
13) Os melhores palestrantes brasileiros
O acaso me levou ao palestrantes.org. Eis o que diz a seção Quem somos do referido sítio. Espero que seja de serventia...
Vinícius Portella
Porto Alegre, 18 0204 fev 2010
"Divulgamos palestrantes com o intuito de auxiliar na contratação ideal de um
profissional para o seu de evento, curso ou seminário.
Cada palestrante tem um espaço próprio para currículo, assuntos, email e telefone
de contato direto, e link para o site próprio, se houver. Fornecemos as informações
necessárias dividindo por área, tipo de palestra, disponibilidade de agenda, etc..
O site também proporciona acesso a uma ampla rede de serviços e tudo o que você
precisa saber sobre os melhores hotéis, auditórios e teatros; onde conseguir uma agência
de viagens, companhias aéreas, táxis e vans e demais aspectos técnicos para o seu evento."
Vinícius Portella
Porto Alegre, 18 0204 fev 2010
12) A revolução de 1817 pelo ângulo diplomático
As palavras que se seguem, inclusive o título desta postagem, foram retirados de um post do Diplomatizzando. Confio no juízo de Paulo Roberto de Almeida - editor do Diplomatizzando - e quero ver se logo consigo ler este livro tão bem recomendado por ele. Ainda segundo ele, o livro pode ser diretamente encomendado à Funag ou pedido pela Livraria Cultura. Quanto à esta última, não encontrei a referida edição do livro, somente esta mais antiga (confira aqui). Não encontrei o livro pela busca da Funag, em uma outra oportunidade coloco seu endereço aqui.
Vinícius Portella
Porto Alegre, 18 0033 fev 2010
Recomendo fortemente este livro, e não apenas para os que apreciam história regional, ou movimentos políticos e sociais durante o Império:
Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão:
A Revolução de 1817 e a História do Brasil: um estudo de história diplomática
(Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 352 p.; ISBN: 978-85-7631-171-3)
Trata-se da segunda edição de uma obra relevante na historiografia da revolução de 1817 em Pernambuco, cujos vínculos internacionais foram pesquisados com uma competência raramente vista nos anais da diplomacia brasileira.
Em duas partes, a obra analisa a correspondência diplomática portuguesa e estrangeira a partir de capitais européias, de Washington e do Prata, para reconstituir as ligações internacionais dos revoltosos do Recife; na segunda parte, a obra discute a opção pela monarquia no Brasil, a partir do impacto dessa revolução talvez mais federalista do que republicana, bem como a repercussão do precedente haitiano no Brasil do começo do século 19: a imagem de escravos eliminando seus senhores brancos deve ter assustado as elites do Império.
Poderia o Brasil ter sido um grande Haiti?
Questão para uma história virtual...
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
11) Ainda que 2009 já se tenha ido...
Ainda que 2009 já se tenha ido, acredito que se seja possível encontrar-se algo de interessante no sítio dedicado às comemorações do ano da França no Brasil. É claro que já não nos interessam os eventos transcorridos, mas acredito que ele não se restrinja somente a eventos... Quem sabe não valha como catálogo, índice remissivo?
Vinícius Portella
Porto Alegre, 17 0149 fev 2010
Vinícius Portella
Porto Alegre, 17 0149 fev 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
10) Como funciona a democracia contemporânea?
Novamente, venho com mais um parágrafo escrito por Desidério Murcho. Este, em especial, é um tópico de fundamental importância para mim, pois é em política que pretendo concentrar meus estudos acadêmicos. Eu ainda não vi este material feito pela BBC, mas a despeito de sua qualidade - que por motivos óbvios não tenho como julgar - vejo sempre com bons olhos qualquer iniciativa que se proponha a lançar luz sobre esse tema, principalmente, quando tal assunto é envolto em determinada mística, sendo qualquer apreciação qualitativa tratada com certo desprezo, vista sob suspeita de elitismo e anatematizada.
Vinícius Portella
Porto Alegre, 16 2351 fev 2010
Política contemporânea
Como funciona a democracia contemporânea? O seu fundamento é, supostamente, a ideia de que a discussão directa de ideias permitirá às melhores ideias, aquelas que favorecem um maior número de pessoas, ganhar o voto da maior parte das pessoas. Mas o que se verifica é que isso não acontece: o político desonesto e mentiroso mas que parece mesmo ser honesto e do povo, sem argumentos complicados nem contas e estatísticas difíceis, obtém rapidamente a preferência das populações, mesmo que as prejudique profundamente, beneficiando apenas alguns. A BBC tem aqui uma breve discussão iluminante do tema. O que pensa o leitor?
Política contemporânea
9) Galileu Galilei já dizia há 400 anos...
Galileu Galilei
"Em questões de ciência a autoridade de mil não vale o raciocínio humilde de um só indivíduo."
sábado, 13 de fevereiro de 2010
8) Does the free market corrode moral character?
Em momentos de crise econômica, é comum vir à baila discussões sobre o efeito abrasivo ou não do livre-mercado sobre o caráter das pessoas... Uns se arvoram em dizer, devotamente, que esse capetalismo - coisa do cão - finalmente terá seu fim, ainda que o bicho sempre teime em sobreviver...
Já é muito tarde e o sono está me derrubando. Entrem e saibam sobre esse debate e sobre a JTF (http://www.templeton.org).
VPP
PoA, 13 0532 fev 2010
Já é muito tarde e o sono está me derrubando. Entrem e saibam sobre esse debate e sobre a JTF (http://www.templeton.org).
VPP
PoA, 13 0532 fev 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
7) A título de registro...
"O gênio tem limites, a estupidez é infinita" (não me recordo da autoria...)
Eu não sou uma pessoa dada a venerações. Isso estendo, indiscriminadamente, tanto a homens vivos quanto a mortos. Não nego a existência de pessoas notáveis e admiráveis por seus atributos intelectuais, morais ou técnicos. Pessoas virtuosas ou de grande talento e capacidade são uma constante no decurso do tempo, embora raras em meio ao todo. Admiro esses "excelentes"; sem, no entanto, heroificá-los, sacralizá-los. Admiro-os tal como foram e somos: homens falíveis. Uma postura devota ou beata como a de determinadas pessoas pode ser extremamente perniciosa dependendo do ambiente em que se encastelem. Sobre isso, dedicarei um texto a ser escrito.
Vinícius Portella
(Porto Alegre,
12 1923 fev 2010)
6) Direito de Greve e de Porrada: a ser disciplinado pela polícia...
Posto esta matéria somente como referência ao que escreverei. Não me ponho ao lado dos sindicatos ou dos executivos da empresa no que tange a esta querela, a qual não investigarei nem tecerei maiores comentários. Meu foco será na ação da Brigada Militar nesta ocasião.
Das poucas imagens que vi na televisão sobre esse incidente, patente ficou a falta de preparo dos brigadianos em lidar com essa manifestação. Ainda que admitíssemos que se fazia necessária uma ação policial utilizando-se de força, não encontraríamos justificativa para que policiais açoitassem com cacetetes (tonfas) manifestantes caídos ao chão, já não apresentando a maior resistência. A ação da polícia, ainda que das mais enérgicas, deve respeitar a rígidos princípios, dentre os quais o da "proporcionalidade" (não me lembro qual seria o termo técnico...) em que se dosam os meios necessários para o cumprimento de determinada missão de acordo com a resistência apresentada: exemplo, não há necessidade de atirar-se com armas de fogo em quem está munido de pedras; outros meios não-letais deverão ser empregados. Naquela oportunidade, os policiais tinham, não tenho dúvidas, meios suficientemente superiores - tanto de conhecimento técnico quanto material - para debelar aquele protesto. Há muito, em polícias de grande parte do mundo, são empregadas técnicas de imobilização para evitar a violência gratuita e o abuso por parte de policiais. No entanto, ainda temos de observar tais atitudes criminosas daqueles que deveriam primar pelo cumprimento da lei. É lastimável.
Em outro ensejo, voltarei a este ponto em suas implicações políticas e para o Estado. '
Vinícius Portella
Porto Alegre,
12 1628 fev 2010
Vinícius Portella
Porto Alegre,
12 1628 fev 2010
P.S: Acho interessante ler em conexão a isso a seguinte entrevista de Luiz Eduardo Soares ao Roda Viva no que tange ao modus operandi que a polícia deve seguir. Depois seleciono esses trechos e os divulgo neste blog. Segue ao link sua ementa.
RODA VIVA:
Luiz Eduardo Soares
1/5/2000
O entrevistado fala dos motivos que o levaram a sair do país, após denunciar a existência de um comando corrompido da Polícia Civil do Rio de Janeiro, rompendo com o então governador Anthony Garotinho
O entrevistado fala dos motivos que o levaram a sair do país, após denunciar a existência de um comando corrompido da Polícia Civil do Rio de Janeiro, rompendo com o então governador Anthony Garotinho
.....
Sindicalistas são presos durante manifestação de trabalhadores da Randon Implementos
Cerca de 60% dos funcionários da linha de produção da empresa trabalharam normalmente durante a manhã
Vanessa Franzosi | vanessa.franzosi@pioneiro.com
Dois dirigentes e um funcionários do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul foram presos durante a manifestação desta manhã. Foram encaminhados à delegacia o presidente do sindicato e verador pelo PCdoB Assis Melo e o dirigente Nercildes do Carmo. O funcionário Sálvio Fontes também foi preso.
Um outro dirigente da entidade, Carlos André Mara, foi ferido durante a manifestação e encaminhado Postão 24h. Ele também irá à delegacia prestar depoimento.
Segundo Assis Melo, as quatro pessoas sofreram lesões corporais e passarão por exames no Departamento Médico Legal (DML). Assis espera um acordo durante a tarde, senão a manifestação permanecerá.
— Estávamos numa movimentação pacífica, que foi interrompida pela polícia. Nós vamos continuar com o movimento se não tiver um acordo hoje à tarde — disse o dirigente.
Cerca de 60% dos funcionários da linha de produção da empresa trabalharam normalmente durante a manhã. Dos 2,2 mil trabalhadores da Randon Implementos do turno, 1,4 mil estavam trabalhando.
O protesto dos trabalhadores é pela melhor distribuição do Programa de Participação nos Resultados (PPR). Segundo o sindicato, os funcionários dessa unidade estão descontentes porque o valor recebido seria muito inferior ao que os trabalhadores das outras empresas do grupo receberam.
Um outro dirigente da entidade, Carlos André Mara, foi ferido durante a manifestação e encaminhado Postão 24h. Ele também irá à delegacia prestar depoimento.
Segundo Assis Melo, as quatro pessoas sofreram lesões corporais e passarão por exames no Departamento Médico Legal (DML). Assis espera um acordo durante a tarde, senão a manifestação permanecerá.
— Estávamos numa movimentação pacífica, que foi interrompida pela polícia. Nós vamos continuar com o movimento se não tiver um acordo hoje à tarde — disse o dirigente.
Cerca de 60% dos funcionários da linha de produção da empresa trabalharam normalmente durante a manhã. Dos 2,2 mil trabalhadores da Randon Implementos do turno, 1,4 mil estavam trabalhando.
O protesto dos trabalhadores é pela melhor distribuição do Programa de Participação nos Resultados (PPR). Segundo o sindicato, os funcionários dessa unidade estão descontentes porque o valor recebido seria muito inferior ao que os trabalhadores das outras empresas do grupo receberam.
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
5) Seriam conselheiros ou apóstolos?
...
Aproveitando para apimentar um pouco este blog, posto esta ata que recebi por e-mail. Pergunto-me se eles seriam conselheiros ou, mais apropriadamente, apóstolos, dado o exemplo de abnegação e duro trabalho sob módicos vencimentos. Deixo a questão em aberto para a reflexão individual.
P.S: Abaixo, uma observação interessante dum segundo e-mail que recebi.
Vinícius P. Portella
(11 0308 fev 2010)
........................................
ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS, REALIZADA EM 8 DE ABRIL DE 2009
(Lavrada sob a forma de sumário, conforme facultado pelo parágrafo primeiro do artigo 130 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976).
DIA, HORA E LOCAL:
Assembleia realizada às 15 horas do dia 8 de abril de 2009, na sede social, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, na Avenida República do Chile, no 65.
Item IV: Foram reeleitos como membros do Conselho de Administração da Companhia , na forma do voto da União, com mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição, a Senhora Dilma Vana Rousseff , brasileira, natural da cidade de Belo Horizonte (MG), divorciada, economista, com domicílio na Casa Civil da Presidência da República - Praça dos Três Poderes - Palácio do Planalto - 4º andar - salas 57 e 58, Brasília (DF), CEP: 70150-900, portadora da carteira de identidade nº 9017158222, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul - SSP/RS, e do CIC/CPF nº 133267246-91 e os Senhores Guido Mantega , brasileiro, natural de Gênova, Itália, casado, economista, com domicílio no Ministério da Fazenda - Esplanada dos Ministérios - Bloco P - 5º andar - Brasília (DF), CEP: 70048-900, portador da carteira de identidade nº 4135647-0, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo - SSP/SP, e do CIC/CPF nº 676840768-68; Silas Rondeau Cavalcante Silva, brasileiro, natural da cidade de Barra da Corda (MA), casado , engenheiro, com domicílio na S..A.U.S. - quadra 3 – lote 2 - Bloco C – Ed. Business Point - salas 308/309, Brasília (DF), CEP: 70070-934, portador da carteira de identidade nº 2040478, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Pernambuco - SSP/PE, e do CIC/CPF nº 044.004.963-68; José Sergio Gabrielli de Azevedo, brasileiro, natural da cidade de Salvador (BA), divorciado, economista, com domicílio na Av. República do Chile, 65, 23º andar - Rio de Janeiro (RJ), CEP: 20031-912, portador da carteira de identidade nº 00693342-42, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia - SSP/BA, e do CIC/CPF nº 042750395-72; Francisco Roberto de Albuquerque , brasileiro, natural da cidade de São Paulo, casado, General de Exército Reformado, com domicílio na Alameda Carolina nº 594, Itu (SP), CEP: 13306-410, portador da carteira de identidade nº 022954940-7, expedida pelo Ministério do Exército e do CIC/CPF nº 351786808-63; e Luciano Galvão Coutinho , brasileiro, natural da cidade de Recife (PE), divorciado, economista, com domicílio na Av. República do Chil e nº 100, 19º andar, Rio de Janeiro (RJ), CEP 20031-917, portador da carteira de identidade nº 8925795, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo - SSP/SP, e do CIC/CPF nº 636831808-20.
Item VII: Pelo voto da maioria dos acionistas presentes, em conformidade com o voto da representante da União,
foi aprovada a fixação da remuneração global a ser paga aos administradores da Petrobras em R$8.266.600,00
(oito milhões, duzentos e sessenta e seis mil e seiscentos reais) , no período compreendido entre abril de 2009 e março de 2010, aí incluídos: honorários mensais, gratificação de férias, gratificação natalina (13º salário), participação nos lucros e resultados; passagens aéreas, previdência privada complementar, e auxílio moradia , nos termos do Decreto nº 3.255, de 19.11.1999, mantendo-se os honorários no mesmo valor nominal praticado no mês precedente à AGO de 2009, vedado expressamente o repasse aos respectivos honorários de quaisquer benefícios que, eventualmente, vierem a ser concedidos aos empregados da empresa, por ocasião da formalização do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT na sua respectiva data-base de 2009;
Dá R$114.813,88 por mês para cada um!
Se "alguém" disser que é boato... acesse o link abaixo !
http://www2.petrobras.com.br/ri/port/InformacoesAcionistas/pdf/ATA_AGO_08abr09_port.pdf
.........................................
Aproveitando para apimentar um pouco este blog, posto esta ata que recebi por e-mail. Pergunto-me se eles seriam conselheiros ou, mais apropriadamente, apóstolos, dado o exemplo de abnegação e duro trabalho sob módicos vencimentos. Deixo a questão em aberto para a reflexão individual.
P.S: Abaixo, uma observação interessante dum segundo e-mail que recebi.
Vinícius P. Portella
(11 0308 fev 2010)
........................................
ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS, REALIZADA EM 8 DE ABRIL DE 2009
(Lavrada sob a forma de sumário, conforme facultado pelo parágrafo primeiro do artigo 130 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976).
DIA, HORA E LOCAL:
Assembleia realizada às 15 horas do dia 8 de abril de 2009, na sede social, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, na Avenida República do Chile, no 65.
Item IV: Foram reeleitos como membros do Conselho de Administração da Companhia , na forma do voto da União, com mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição, a Senhora Dilma Vana Rousseff , brasileira, natural da cidade de Belo Horizonte (MG), divorciada, economista, com domicílio na Casa Civil da Presidência da República - Praça dos Três Poderes - Palácio do Planalto - 4º andar - salas 57 e 58, Brasília (DF), CEP: 70150-900, portadora da carteira de identidade nº 9017158222, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul - SSP/RS, e do CIC/CPF nº 133267246-91 e os Senhores Guido Mantega , brasileiro, natural de Gênova, Itália, casado, economista, com domicílio no Ministério da Fazenda - Esplanada dos Ministérios - Bloco P - 5º andar - Brasília (DF), CEP: 70048-900, portador da carteira de identidade nº 4135647-0, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo - SSP/SP, e do CIC/CPF nº 676840768-68; Silas Rondeau Cavalcante Silva, brasileiro, natural da cidade de Barra da Corda (MA), casado , engenheiro, com domicílio na S..A.U.S. - quadra 3 – lote 2 - Bloco C – Ed. Business Point - salas 308/309, Brasília (DF), CEP: 70070-934, portador da carteira de identidade nº 2040478, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Pernambuco - SSP/PE, e do CIC/CPF nº 044.004.963-68; José Sergio Gabrielli de Azevedo, brasileiro, natural da cidade de Salvador (BA), divorciado, economista, com domicílio na Av. República do Chile, 65, 23º andar - Rio de Janeiro (RJ), CEP: 20031-912, portador da carteira de identidade nº 00693342-42, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia - SSP/BA, e do CIC/CPF nº 042750395-72; Francisco Roberto de Albuquerque , brasileiro, natural da cidade de São Paulo, casado, General de Exército Reformado, com domicílio na Alameda Carolina nº 594, Itu (SP), CEP: 13306-410, portador da carteira de identidade nº 022954940-7, expedida pelo Ministério do Exército e do CIC/CPF nº 351786808-63; e Luciano Galvão Coutinho , brasileiro, natural da cidade de Recife (PE), divorciado, economista, com domicílio na Av. República do Chil e nº 100, 19º andar, Rio de Janeiro (RJ), CEP 20031-917, portador da carteira de identidade nº 8925795, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo - SSP/SP, e do CIC/CPF nº 636831808-20.
Item VII: Pelo voto da maioria dos acionistas presentes, em conformidade com o voto da representante da União,
foi aprovada a fixação da remuneração global a ser paga aos administradores da Petrobras em R$8.266.600,00
(oito milhões, duzentos e sessenta e seis mil e seiscentos reais) , no período compreendido entre abril de 2009 e março de 2010, aí incluídos: honorários mensais, gratificação de férias, gratificação natalina (13º salário), participação nos lucros e resultados; passagens aéreas, previdência privada complementar, e auxílio moradia , nos termos do Decreto nº 3.255, de 19.11.1999, mantendo-se os honorários no mesmo valor nominal praticado no mês precedente à AGO de 2009, vedado expressamente o repasse aos respectivos honorários de quaisquer benefícios que, eventualmente, vierem a ser concedidos aos empregados da empresa, por ocasião da formalização do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT na sua respectiva data-base de 2009;
Dá R$114.813,88 por mês para cada um!
Se "alguém" disser que é boato... acesse o link abaixo !
http://www2.petrobras.com.br/ri/port/InformacoesAcionistas/pdf/ATA_AGO_08abr09_port.pdf
.........................................
"Essa pérola que nos chega por email –mais de uma vez- veio agora com o link correto para a leitura da ata. E uma leitura atenta permite desfazer o mal entendido, pois os Conselheiros “somente” podem perceber até 10% do que ganham os diretores da diretoria executiva, que é mais que os R$ 115 mil indicados neste email. Pelas minhas contas os Conselheiros percebem algo em torno de R$ 17 mil mensais + todas as despesas inerentes ao exercício do mandato.
Pouco! rsrsrsrsr
Mas o que chama mais atenção ainda é o seguinte: o que faz a mulher do Ministro Jobim como representante da União numa assembléia de acionistas da Petrobrás??? Sei que é advogada. Mas é de sua função representar a União na assembléia da petroleira??"
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