Em tempos de bandas coloridas, fico contente em encontrar o sítio da Legião Urbana na rede a preservar a memória daquela que foi uma de nossas maiores bandas de rock no Brasil. Ingressei na adolescência ao som da Legião; Renato morrera havia dois anos, mas sua banda continuava com uma grande força. Suas músicas tocavam em muito a juventude e posso dizer que suas letras foram um dos componentes de meu despertar crítico. Eu acho totalmente desmedida certa veneração por Renato Russo. No entanto, não se pode colocar o cantor sob crítica por sandices alheias. Renato tinha suas extravagâncias, mas tinha muito claro para si que o rock era atitude; atitude para trabalhar e mudar as coisas para melhor. A começar por si. Hoje vejo esse pessoal por aí cantando essas músicas açucaradas e fico pensando o que houve de errado para chegarmos a este ponto, mas mal me demoro neste pensamento. Em verdade, houve que outras coisas acabaram não dando certo... Ficamos com a futilidade e a superficialidade instituídas.
Vinícius Portella
Porto Alegre,
19 2213 set 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário