segunda-feira, 8 de novembro de 2010

237) Alemanha e China criticam plano de recuperação econômica dos EUA.

Alemanha e China criticam plano de recuperação econômica dos EUA
Zhou Xiaochuan/AP
Para Zhou, medida pode ter impacto 'muito negativo' fora dos EUA
A Alemanha e a China criticaram nesta sexta-feira o anúncio de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) injetará US$ 600 bilhões na economia americana até junho de 2011.
Em entrevista a um canal de televisão nesta sexta-feira, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que os Estados Unidos não vão resolver seus problemas, mas sim "criar mais problemas para o mundo".
O chefe do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, também falou a respeito do plano.
"Se a política doméstica é a melhor para os Estados Unidos somente, mas ao mesmo tempo não é a melhor para outros países, ela pode causar um impacto muito negativo no resto do mundo", disse Zhou.
Ele pediu uma reforma urgente no sistema monetário internacional, mas não ofereceu sugestões.
O Fed anunciou na última quarta-feira que gastaria US$ 600 bilhões para comprar títulos do Tesouro americano, na esperança de que a injeção de dinheiro possa impulsionar a economia do país.
No entanto, a manobra deve enfraquecer o dólar, beneficiando as exportações americanas e encarecendo as importações de outros países.
'Incompetente'
Em pronunciamento sobre o tema, o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Cui Tiankai, disse que o Banco Central americano tinha o direito de tomar ações sem consultar outros países antes, mas afirmou que "eles nos devem alguma explicação".
O ministro alemão Schaeuble disse ainda que "com todo o respeito, o programa de ação americano é incompetente".
"Dizer que injetarão mais dinheiro no mercado não vai resolver os seus problemas", declarou.
Ele disse ainda que o governo alemão teria conversas bilaterais com oficiais americanos e que também deve levantar o assunto na cúpula do G20 em Seul, na próxima semana.
Na última quinta-feira, o ministro das Finanças, Guido Mantega, também alertou que a medida americana pode prejudicar o Brasil e outros exportadores.

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